© DIDA SAMPAIO/ESTADÃO O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chega ao Senado escoltado por agentes da Polícia Legislativa para prestar seu 2º depoimento à I da Covid 584o19
BRASÍLIA – Na contramão do que defende o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à I da Covid que medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina não têm eficácia comprovada contra o coronavírus. Em seu segundo depoimento à comissão, nesta terça-feira, 8, Queiroga mudou o discurso e, quando foi questionado sobre aglomerações promovidas por Bolsonaro, disse que não é “censor” do presidente da República.
Embora o ministro ita agora que medicamentos como cloroquina não têm eficácia comprovada no combate à covid-19, Bolsonaro ainda incentiva o uso dessas substâncias. Somente no ano ado, por exemplo, o Exército gastou R$ 1,14 milhão na produção de 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina. A informação consta de documento entregue pelo Ministério da Defesa à I.
A última vez em que a instituição solicitou a produção do medicamento foi em março de 2017, quando desembolsou R$ 43,4 mil para 259.470 compridos, quantidade suficiente para a demanda de 2018 e 2019. O remédio é recomendado para tratar doenças como malária, lúpus e artrite reumatóide.
Queiroga disse, mais uma vez, que o uso da cloroquina é discutido na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Assegurou aos senadores, ainda, que a Conitec vai decidir, na próxima quinta-feira, quais são as recomendações para o tratamento hospitalar da covid-19, com “protocolo clínico e diretriz terapêutica”. Ao depor pela primeira vez à I, no dia 6 de maio, Queiroga havia afirmado que não faria juízo de valor sobre o remédio exatamente porque esse assunto estava sob análise da Conitec.
O relator da I, Renan Calheiros (MDB-AL), questionou o ministro sobre uma nota informativa publicada no site do Ministério da Saúde, no ano ado, orientando a prescrição de cloroquina. Queiroga respondeu que “a nota perdeu o objeto”, mas, mesmo assim, não vai retirá-la do site. “A nota não é protocolo, é informação de dose. Não é um ato istrativo, não cabe revogação. Está no site porque faz parte da história”, disse ele.
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