13 abril, 2024 5a5q3e

Comício da Candelária, 40 anos: o legado sociopolítico das Diretas Já 3s1m29

População lotou ruas em defesa de eleições diretas e fim da ditadura 1l818

(Foto: Vidal da Trindade/DocJB)

Por Rafael Cardoso e Alana Gandra – Repórteres da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Ali, no meio de uma multidão que se espremia nas avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no centro do Rio, uma adolescente de 16 anos olhava impressionada para a movimentação ao redor. Era a primeira vez que participava de uma manifestação política, mas já sabia que se tratava de um momento histórico. O Comício da Candelária, segundo jornais da época, reuniu cerca de 1,2 milhão de pessoas. Foi um dos principais atos do movimento das Diretas Já, que fez o povo voltar às ruas depois de 20 anos de repressão violenta da ditadura militar.

Para alguns, o momento era de recuperar a voz de protesto represada durante anos. No caso de Adriana Ramos, que tinha acabado de entrar para a faculdade, era um despertar político.

Rio de Janeiro – Adriana Ramos fala sobre o comício da Candelária – Foto Claudio Tavares / ISA

“Eu não tinha consciência política. Vinha de uma família bem conservadora, de direita. Na escola, praticamente todos os colegas eram filhos de militares. Na época, vi toda a mobilização e os colegas de faculdade se organizando para ir ao comício. Lembro da minha mãe e da minha avó ficarem apreensivas. Mas, até pela ignorância de não saber muito o que significava aquela manifestação, fui na onda”, lembra Adriana. “Foi algo que marcou muito minha relação com a política dali para a frente”.

Lívia de Sá Baião também era estudante universitária na época. Estudava economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio). Tinha 19 anos e trabalhava como estagiária em um banco próximo à Candelária, quando se encontrou com amigos para assistir ao comício.

Rio de Janeiro – Lívia Sá Baião fala sobre o comício da Candelária-Foto Lívia Sá Baião/Arquivo Pessoal

“Aquele momento foi um marco na minha vida. Lembro muito da emoção de estar lá, de participar daquele momento, ouvir aqueles líderes falando” disse Lívia. “Ouvi o Brizola, o Tancredo Neves. A gente estava ali em um momento crucial”.

O jornalista Alceste Pinheiro também esteve no Comício da Candelária, mas como manifestante. Ele lembra que ficou na Avenida Rio Branco, onde ouvia os discursos, mas não tinha uma visão tão completa como a das pessoas que ficaram de frente para o palanque.

“Mas lembro dos ônibus superlotados, da cidade toda se movimentando naquela direção. Lembro do êxtase e da confiança das pessoas, do sentido dos discursos, muito bem preparados, bem armazenados na memória, do que se cantou. Lembro do que se gritou: Diretas Já! O Povo quer votar!”.

Cobertura jornalística

O fotógrafo Rogério Reis trabalhava na revista Veja em 1984. Às vésperas do comício, a revista percebeu que o evento prometia ser grandioso, por causa do número de doações espontâneas feitas para os organizadores em uma conta do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).

“Esse foi o primeiro sinal que a gente teve, uma semana antes, de que o público estava disposto a colaborar para um grande evento, com produção de faixas e todo o material que envolve um grande comício”, disse o fotógrafo.

Outro sinal era o fato de o governador fluminense à época ser o gaúcho Leonel Brizola, afinado com a proposta das Diretas Já. Ele se dispôs a interditar toda a Avenida Presidente Vargas para que o evento pudesse ocorrer. Foram colocados balões iluminados com gás hélio.

A revista escalou três fotógrafos para acompanhar o evento: um faria fotos aéreas de um helicóptero alugado, outro ficaria em frente ao palanque e o terceiro, que era Rogério Reis, circularia mais solto entre a multidão, para fazer aspectos de comportamento.

Brasília – Comício da Candelária 40 anos: o legado sociopolítico das Diretas Já – Foto Rogério Reis/Arquivo Pessoal

“Eu classifico como uma das coberturas que raramente você, como jornalista, está acostumado a vivenciar. A gente tem certo distanciamento das cenas. Mas, nesse processo de abertura, vi muito profissional trabalhando emocionado. Como ocorreu também na chegada dos exilados. Lembro que na chegada do (Miguel) Arraes (deposto do cargo de governador de Pernambuco em 1964) no (aeroporto do) Galeão, tinha muito repórter e fotógrafo trabalhando chorando”.

Comício

Por volta das 16h do dia 10 de abril, começou o Comício da Candelária. Os manifestantes gritavam palavras de ordem, agitavam bandeiras, faixas e cartazes, vibravam com os discursos de diferentes líderes da oposição ao regime militar, e cantavam em coro músicas dos artistas presentes.

Fafá de Belém conduziu o Hino Nacional e a música Menestrel das Alagoas, que virou um dos hinos da Diretas Já. Em seguida, foi libertada uma pomba branca, que saiu voando, assustada com a multidão. Milton Nascimento levou o público às lágrimas ao interpretar Nos bailes da vida. O advogado Sobral Pinto, aos 90 anos de idade, leu o que se tornaria o artigo 1º da Constituição Brasileira: “Todo poder emana do povo”.

Durante seis horas, diferentes personalidades alternaram-se no palco. Entre os políticos estavam Leonel Brizola (PDT-RJ), Franco Montoro (PMDB-SP), Tancredo Neves (PMDB-MG), Ulisses Guimarães (PMDB-SP), Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) e Fernando Henrique Cardoso (PMDB-SP), que dividiram o mesmo palanque.

Rio de Janeiro – O cantor Milton Nascimento no comício da Candelária                  Foto Vidal da Trindade/Doc JB

Entre os artistas, Chico Buarque, Maria Bethânia, Lucélia Santos, Cidinha Campos, Chacrinha, Cristiane Torloni, Erasmo Carlos, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Bruna Lombardi, Maitê Proença, Walmor Chagas. Também havia famosos como o jogador de futebol Reinaldo, o cartunista Henfil, a apresentadora Xuxa e a atleta de vôlei Isabel. E na apresentação principal, a voz do “locutor das diretas”, o radialista esportivo Osmar Santos.

Luta por democracia

O evento na Candelária era parte de uma série de manifestações de rua que tomaram conta do país em 1983 e 1984. Os governos militares começam a enfrentar crises econômicas mais agudas na década de 70, com endividamento externo e inflação alta. Na gestão de Ernesto Geisel (74-79) fala-se pela primeira vez em abertura política, mesmo que “lenta e gradual”. Na gestão de João Batista Figueiredo (79-85) são restabelecidas as eleições diretas para os governos estaduais. Em 1982, a oposição conquista o governo de nove estados, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Em 2 de março de 1983, o deputado federal Dante de Oliveira (PMDB-MT) apresenta emenda à Constituição, assinada por 199 congressistas, para restaurar a eleição direta para presidente a partir de 1985. Nos meses seguintes, muitos atos públicos foram feitos em defesa da pauta. O primeiro comício com articulação centralizada ocorreu em Goiânia, com 5 mil pessoas, em 15 de junho.

Cidades de todas as regiões do país am a ter manifestações. O destaque é para a chamada Caravana das Diretas, em fevereiro de 1984, que percorre cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 24 de fevereiro, Belo Horizonte registra até ali o maior público de um comício, cerca de 400 mil pessoas. Esse número só seria superado pelo comício do Rio de Janeiro, na Candelária, e pela eata de São Paulo, que saiu da Praça da Sé até o Vale do Anhangabaú. Ambos, ocorridos em abril, ultraaram a marca de 1 milhão de pessoas.

Apesar de toda essa mobilização popular, semanas depois, em 25 de abril, é votada a Emenda Dante de Oliveira no Congresso. A derrota vem por diferença de 22 votos. O primeiro presidente da República depois da ditadura militar, Tancredo Neves, seria escolhido por eleição indireta no Colégio Eleitoral.

Frustração

Jornalista Alceste Pinheiro, na Igreja da Candelária, local do histórico comício pelas Diretas, ocorrido em 10 de abril de 1984.             Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Já naquela época, o jornalista Alceste Pinheiro acreditava que a emenda constitucional não aria, por todas as circunstâncias e pressões que existiam de vários lados. Havia os que não queriam a aprovação e os que preferiam adiar para uma situação que, politicamente, fosse mais favorável.

“Eu achava isso e falava para algumas pessoas. Mas, entre as pessoas da minha relação, todas tinham esperança muito grande de que a emenda aria. Eu desconfiava. Mesmo assim, fui à Cinelândia quando se votou a emenda, que foi derrotada. Foi absolutamente distinto do que ocorreu na Candelária”, disse Alceste.

Para quem alimentou por meses a esperança de que poderia escolher finalmente o ocupante do cargo mais alto do país, a euforia deu lugar à frustração.

“Foi uma grande decepção quando a Emenda Dante Oliveira foi rejeitada na Câmara, poucos dias depois do comício. Fiquei arrasada. E aí deu no que deu. Só tivemos eleições em 1989”, disse Lívia de Sá.

“Uma mobilização daquele tamanho e, no final, a emenda não foi aprovada? Foi um balde de água fria, de mostrar um limite da mobilização da sociedade. Mas, sem dúvida, tinha esse entendimento de que a gente estava entrando em nova época. Com mais demandas e mais possibilidades de participação da sociedade”, afirmou Adriana Ramos, que hoje é ambientalista.

Legado democrático

Para o historiador Charleston Assis, da Universidade Federal Fluminense (UFF), é importante olhar além dos objetivos imediatos do movimento das Diretas Já e entender o significado mais amplo dele no contexto de redemocratização do país.

Assis lembra que apenas três anos antes aconteceu o atentado do Riocentro, em que um grupo de militares tentou intimidar, ferir e matar jovens em um show para retardar a abertura política. A tentativa terminou em fracasso, mas mostrou os perigos que esse grupo representava. Assim, voltar às ruas e pedir eleições diretas para presidente era um ato de coragem e de resistência ao silêncio imposto pela ditadura.

Rio de Janeiro – Políticos como Leonel Brizola e Tancredo Neves no comício da Candelária – Foto Vidal da Trindade/Doc JB

“O movimento das Diretas Já tem inúmeros ganhos. Essa emergência popular vai fazer com que o povo se torne um ator político muito decisivo. A partir daquele momento, as demandas não podem mais ser ignoradas. O país vai ter conquistas como a ampliação da rede de proteção social, do o à casa própria, mais tarde do o à universidade pela juventude preta e indígena. Isso tudo estava ali nos anos 80, e a luta pelas Diretas trazia uma série de sonhos coletivos desse povo enquanto nação”, diz o historiador.

Charleston entende que, por causa das recentes tentativas de golpe de Estado e do fortalecimento de discursos retrógrados, lembrar da mobilização popular da década de 1980 é importante para valorizar as conquistas sociais das últimas décadas.

“É muito necessário que a gente rememore essa campanha por conta daquilo que ela traz de oposição ao autoritarismo e de defesa da democracia. A ditadura militar foi uma tragédia social, política e econômica. Basta lembrar que nossa dívida externa ou de R$ 3 bilhões em 1964 para R$ 100 bilhões no fim do governo militar. As Diretas Já mostraram que o povo brasileiro se colocou decididamente contra a ditadura e a rejeitou em bloco”.

10 abril, 2024 146k59

TRE-MA confirma cassação dos deputados Fernando Braide e Wellington do Curso 5l4559

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão concluiu nesta terça-feira (9) o julgamento da Ação da Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por fraude à conta de gênero contra o PSC, e confirmou, por 5 a 2, a cassação de todos os votos da chapa do partido nas eleições de 2022. Como consequência, estão cassados, também, os deputados estaduais Fernando Braide e Wellington do Curso.

Apesar de hoje estarem em partidos diferentes – PSD e Novo, respectivamente – os parlamentares são atingidos pela decisão porque foram eleitos pelo partido acusado na ação.

Segundo a decisão, a fraude foi caracterizada em relação a duas candidatas consideradas laranjas: Claudia Guilhermina e Vitória Gabriela.

Votação – A maioria pela cassação da chapa do PSC já havia sido formada na semana ada, quando um pedido de vista adiou a apreciação do caso no momento em que a votação já estava 4 a 1.

Nesta terça, o juiz eleitoral Tarcísio Araújo apresentou voto vista pela improcedência da ação, nos termos do voto do relator, desembargador José Gonçalo Filho. Já o juiz eleitoral Rodrigo Maia votou ela cassação.

Apelo – Também nesta terça, Wellington do Curso fez um forte discurso na tribuna da Assembleia Legislativa a respeito do processo.

O parlamentar afirma que chegou ao PSC no último dia de filiação, e por esse motivo não participou da montagem de chapa, muito menos de uma tentativa de fraude à cota de gênero. “Não houve crime em hipótese alguma”, disse.

Via Gilberto Léda

09 abril, 2024 5p304d

Ídolo do Cordino, Ulisses nega aposentadoria do futebol: "Foi só homenagem" 572a1g

Ulisses, atacante do Cordino. (Divulgação / Cordino EC)


Maior ídolo e artilheiro da história do Cordino, o atacante Ulisses comunicou, por meio das redes sociais, que não está se aposentando do futebol profissional. De acordo com o camisa 10, a homenagem recebida após a última partida do Cordino no Campeonato Maranhense 2024, realizada na terça-feira (2), com derrota por 3 a 0 para o Tuntum, foi apenas um reconhecimento pelo seu desempenho com a camisa da Onça de Barra do Corda.

"Galera, só um esclarecimento, eu não anunciei aposentadoria não. Isso foi uma homenagem aos meus feitos como jogador do Cordino", disse Ulisses.

Em vídeo publicado nas redes sociais do Cordino, o presidente Cirlei Pereira falou em "despedida do futebol" de Ulisses. No mesmo vídeo e em entrevista à TV Mirante, o camisa 10 falou em tom de despedida e fez uma série de agradecimentos.

"Fico feliz por essa homenagem e por tudo o que fiz pelo Cordino, pude conquistar prêmios individuais, marcar grandes gols, fazer grandes jogadas e dar alegria ao torcedor de Barra do Corda, que sempre torceu muito por mim. Nada a reclamar, só agradecer a Deus pela oportunidade de estar jogando futebol aos 40 anos, e a minha família, que sempre me deu todo o apoio", declarou Ulisses na ocasião.

Peça importante do Cordino desde a fundação do clube, em 2010, Ulisses teve algumas rápidas agens por clubes como Grêmio Osasco, Moto Club, Ypiranga-RS e Sampaio Corrêa, mas foi na Onça de Barra do Corda que o atacante se destacou, acumulou grandes feitos e ganhou o carinho da torcida. Liderado pelo seu camisa 10, o Cordino foi vice do Campeonato Maranhense em 2017 e 2022, anos em que venceu turnos da competição, e faturou o título da Segundinha Maranhense na temporada de 2021. Além disso, Ulisses colocou o Cordino no cenário nacional, com a participação em competições como a Pré-Copa do Nordeste, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro Série D.

Pelo Cordino, Ulisses já foi quatro vezes artilheiro do Campeonato Maranhense, nas temporadas de 2012, 2016, 2017 e 2022, e está no topo da artilharia do Estadual em 2024, com sete gols em 11 partidas. Agora, o camisa 10 da Onça torce contra a concorrência, pois tem a chance de igualar o recorde do histórico artilheiro Pepê, que foi cinco vezes artilheiro do Campeonato Maranhense nos anos 40, sendo quatro vezes pelo Moto Club e uma pelo Santa Isabel.

Na expectativa pelo possível retorno de Ulisses, o Cordino só volta a jogar na temporada de 2025, quando buscará o retorno à elite estadual por meio da Segundinha Maranhense. A Onça de Barra do Corda já faturou o título da divisão de o em 2021.

Via Imirante

08 abril, 2024 4a1u12

Vereador é preso por agressão e ameaça à esposa no interior do Maranhão 3r1u69

Vereador Hindenburgo Lima dos Santos, do município de Parnarama, está preso.

Vereador Hindenburgo Lima dos Santos, do município de Parnarama, está preso.

Nesta sexta-feira, dia 5 de abril, o vereador Hindenburgo Lima dos Santos, representante do município de Parnarama (MA), foi preso pela Polícia Militar do Maranhão, sob acusação grave de agressão física e ameaça de morte contra sua esposa, Márcia Cristina.

O crime teve início na noite do dia 4 de abril, quando vizinhos relataram ter ouvido gritos de socorro vindos da residência do casal. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Márcia Cristina em estado de angústia, exibindo ferimentos nas costas, um dente quebrado e um corte na boca. Ela detalhou aos policiais as agressões sofridas, incluindo puxões de cabelo, quedas ao chão e sufocamento, além das ameaças feitas com um revólver calibre 38.

A presença da filha do casal, uma jovem de 19 anos, testemunhou as atrocidades e entregou à polícia um simulacro de arma de fogo que pertencia ao pai.

Em um áudio divulgado posteriormente, Márcia compartilhou seu relato angustiante sobre o momento de terror que vivenciou. “Aí foi a mancha da mão que ele me segurou, prendendo meus pulsos. Quando ele estava gritando que eu me agachei, aí estava vermelhinho, mas estava mais forte, porque eu fiquei com medo de morrer. Eu fiquei com medo de morrer. Ele prendeu com força”, revelou.

Após esconder a arma utilizada nas ameaças, Hindenburgo foi conduzido à Central de Flagrantes de Timon, onde foi formalmente acusado pelos crimes de lesão corporal contra a mulher, ameaça, violência doméstica e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

Via Domingos Costa

Cadáver é encontrado boiando em rio e segurando cartão bancário 5d1t72

Na manhã deste Domingo (7), o repórter Jhones Lopes publicou em duas redes sociais imagens sobre o achado de cadáver preso a troncos e galhos, boiando no Rio Itapecuru, por trás do Centro de Reabilitação, em Coroatá.

O fato curioso é que em uma das mãos que ficou para fora d'água o cadáver, do sexo masculino, segurava um cartão bancário.

Os órgãos de segurança ainda tentam identificar a pessoa e também saber a causa e circunstâncias da morte.

O Maranhense

07 abril, 2024 4l561k

Morre Ziraldo, aos 91 anos, criador de O Menino Maluquinho 71a6h

O escritor Ziraldo morreu neste sábado, 6, aos 91 anos,. A informação confirmada pela família do desenhista foi que ele morreu enquanto dormia, no apartamento onde morava, no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por volta das 15h.

O escritor Ziraldo é mundialmente conhecido por ser criador de O Menino Maluquinho e personagens da Turma do Pererê, além dos livros Bichinho da maçã, Flicts e Os Meninos Morenos, tendo sido um dos escritores infantis mais aclamados do Brasil.

O desenhista, chargista, caricaturista e jornalista foi também um dos fundadores do jornal O Pasquim, nos anos 1960, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil.

No dia seguinte à edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), editado no dia 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, Ziraldo foi preso em casa e levado para o Forte de Copacabana por ser considerado um “elemento perigoso”.

Mineiro

Ziraldo Alves Pinto, nasceu em Caratinga (MG), em 1932. Desenhista, caricaturista, cartunista, ilustrador, jornalista e escritor. Aos 7 anos de idade, em 1939, Ziraldo apresentou seu primeiro desenho no jornal Folha de Minas. Em 1949, muda-se para o Rio de Janeiro, onde fez carreira.

Atualmente, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB no Rio de Janeiro está com a exposição interativa Mundo Zira, em homenagem à obra de Ziraldo.

Sua mais conhecida criação, o Menino Maluquinho, nasceu nos anos 1980 e foi inspirado no filho do escritor. O personagem deu origem ao livro infantil campeão de vendas e ao filme de grande sucesso nos cinemas do país. O livro foi traduzido para o inglês, espanhol, basco, alemão e o italiano e teve adaptações para o cinema, teatro e televisão.

Com tantos personagens marcantes de histórias infantis, Ziraldo parou de produzir textos e desenhos em setembro de 2018, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Seu estúdio, onde trabalhou durante 70 anos, instalado no bairro da Lagoa, zona sul do Rio, está sendo transformado no Instituto Ziraldo.

Na TV Brasil, os 26 episódios do programa Um Menino muito Maluquinho foram apresentados ao longo de 2006. O cartunista e escritor ainda apresentou o ABC do Ziraldo durante cinco temporadas.  Foram 189 episódios onde o tema era sempre incentivar jovens e crianças ao hábito da leitura.

Da Agência Brasil

05 abril, 2024 1f2049

Tuntum mostra competência e vence Moto dentro e fora de campo f5768

Em julgamento virtual, por meio de videoconferência, realizado na tarde desta sexta-feira (05), o pleno do TJD-MA (Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão) decidiu não acatar o recurso do Moto Clube de São Luís, que, consequentemente, perdeu a chance de fazer uma das semifinais do Campeonato Maranhense de Futebol contra o Maranhão Atlético Clube (MAC), nesta segunda-feira (08). 477232

O Moto entrou com recurso contra o Tuntum alegando que o time interiorano colocou o meia Wadson, suspenso por 4 partidas pela Comissão Disciplinar, no jogo contra o MAC, dia 24 de fevereiro, quando o jogador deveria cumprir a primeira suspensão

O imbróglio aconteceu por conta do julgamento da Comissão Disciplinar, dia 23 de fevereiro, uma sexta-feira, que suspendeu o jogador Wadson, do Tuntum, por 4 partidas em razão de ter agredido um atleta adversário numa partida ada do Campeonato Maranhense.

Acontece que no dia seguinte, sábado, dia 24 de fevereiro, no jogo contra o MAC, em Tuntum, pela 9ª rodada, o Tuntum, que até venceu o MAC (2×0), colocou o jogador para atuar.

Diante disso, o Moto entrou com recurso contra o Tuntum, alegando que o jogador Wadson atuou de forma irregular.

O Tuntum até tinha alegado que não tomou conhecimento da pauta de julgamento – não foi citado oficialmente -, mas essa tese foi derrubada no julgamento.

No julgamento da comissão disciplinar – 1ª instancia – o Tuntum foi absolvido – por 3 votos a 1 –, os auditores entenderam que a punição deveria começar a ser cumprida no primeiro dia útil; ou seja, a partir de 2ª feira, dia 26 de fevereiro – relembrando: o julgamento foi na sexta (23/2) e o jogador atuou supostamente de forma irregular no sábado, 24, contra o MAC.

Absolvido, o Tuntum manteve os seis pontos e ganhou a condição de semifinalista.

Com este entendimento do TJD-MA, o Moto perdeu a chance de assumir a quarta colocação e ser o adversário do MAC na semifinal, na segunda-feira, 8, às 19h30, no Castelão.

No entanto, o resultado desta sexta no TJD-MA não encerra a questão, uma vez que quem se sentir prejudicado tem o direito de recorrer à última instância, que é o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O informante

04 abril, 2024 1b2gi

Polícia prende funcionário do Detran-MA e secretário da Prefeitura de Ba... i51o

Imirante

Um funcionário do Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) foi preso, nesta quinta-feira (4), em uma operação de combate a um esquema de venda indevida de placas vermelhas a falsos taxistas em Bacabal. Outros dois suspeitos também já foram presos. O secretário de Finanças da Prefeitura de Bacabal também é alvo da operação.

Os policiais saíram para cumprir, ao todo, 12 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Três desses mandados de prisão já foram cumpridos. Até o momento, quatro carros e quatro motos também já foram apreendidos.

O objetivo da operação é combater um esquema de facilitação da venda de placas vermelhas. Condutores, que não atuam no serviço de táxi, estavam recebendo a placa vermelha para ganhar benefícios indevidos, como descontos na compra de carros, isenção e redução de impostos.

De acordo com o delegado de Bacabal, Egiton Rocha, as placas eram vendidas no valor entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Para a emissão das placas, o grupo criminoso produzia declarações falsas de taxistas.

“Essa operação decorreu de uma investigação há aproximadamente dois meses quando a gente começou a fazer levantamento de vendas de vagas de taxista de forma paulatina. De 2023 para cá essas vendas se intensificaram. O secretário de Finanças do município, juntamente com o secretário-adjunto, se utilizava de intermediadores para vender essas placas para pessoas comuns, que são servidores públicos, trabalham na iniciativa privada, são pessoas que não exercem efetivamente a profissão de taxista, mas se utilizavam desse benefício para conseguir isenção tributária de ICMS na compra de carros novos e no pagamento do IPVA”, explicou o delegado.

03 abril, 2024 d1s4o

Operação apreende bens na casa de ex-deputado do Maranhão 391k12

O Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público do Maranhão (Gaeco), cumpriu, nesta quarta-feira, 3, mandados de busca e apreensão, durante a Operação Damnare Avarita, nos municípios de Imperatriz, Açailândia e Governador Edison Lobão. 1x3w2m

As investigações, que estão sendo realizadas pela 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Açailândia, cujo titular é o promotor de justiça Denys Rêgo, apuram denúncias de “Rachadinha” no gabinete do ex-deputado estadual José Alves Cavalcante.

Na ação, foram apreendidos documentos, bens, computadores, celulares e arma de fogo.

De acordo com o procedimento investigatório, o ex-deputado estadual recebia dos funcionários da Assembleia Legislativa parte do salário dos assessores do seu gabinete.

A prática era conhecida como “Rachadinha” por meio de familiares e funcionários de sua confiança. Estas pessoas recebiam grandes quantidades de dinheiro em espécie para realizar depósitos com ou sem identificação.

Ação do Gaeco contou com apoio da Polícia Civil e PRF

As investigações também levantaram que vários assessores do gabinete do ex-deputado sacavam os valores de suas remunerações em espécie em caixas eletrônicos ou na própria agência bancária de forma sistemática, durante o período dos seus vínculos com a Assembleia Legislativa.

Além dos imóveis do ex-deputado estadual, foram alvos da operação a casa do seu filho, Jefte Cavalcante, assim como do tesoureiro José Félix Costa Júnior.

Jonh Currim

01 abril, 2024 u2a4f

Prepare o bolso! Remédios ficam mais caros a partir de hoje 481j70


Os preços dos medicamentos serão reajustados em até 4,5% pelos fabricantes a partir deste domingo (31). O aumento deve começar a refletir para o consumidor nas próximas duas semanas. O percentual foi definido pelo conselho da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do período de março de 2023 a fevereiro de 2024.

Neste ano, o reajuste do preço máximo foi equivalente ao índice da inflação e deve afetar cerca de 13 mil produtos. O aumento já era esperado pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).

O Ministério da Saúde ressaltou que o reajuste é o menor praticado desde 2020 e que o percentual não representa um aumento automático nos preços, mas sim uma definição de teto permitido de reajuste.

“O Brasil adota atualmente uma política de regulação de preços focada na proteção ao cidadão, estabelecendo sempre um teto para o percentual do aumento para proteger as pessoas e evitar aumentos abusivos de preço”, afirmou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde da pasta.

As indústrias farmacêuticas têm permissão para alterar os preços de seus produtos apenas uma vez por ano, para compensar os aumentos do custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.

Cabe à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) elaborar um cálculo que garanta o reajuste. O controle ao qual o setor farmacêutico é submetido estabelece como teto o aumento de 4,5% em todos os níveis.

As farmácias têm a opção de realizar os incrementos de uma só vez ou ao longo do ano, desde que não ultraem o limite estabelecido.

Via Gazeta Brasil